Em coletiva de imprensa no Senado, os senadores criticaram a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, e acusaram a PGR de “subserviência” ao Supremo de Alexandre de Moraes.
“Ninguém imaginava que o próprio Paulo Gonet, o PGR, estava pessoalmente acompanhando aquela delação e vendo tudo aquilo sem nenhum tipo de reação. Então, é no mínimo falta de zelo pelo devido processo legal do país, é também prevaricação e omissão diante de uma ilegalidade ele não ter tomado uma medida”, disse o senador Eduardo Girão (Novo-CE).
Também apoiam a medida Magno Malta (PL-ES), Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), Plínio Valério (PSDB-AM), Márcio Bittar (União-AC), Styvenson Valentim (PSDB-RN), Damares Alves (Republicanos-DF), Jaime Bagattoli (PL-RO), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Carlos Portinho (PL-RJ) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
No pedido, Gonet é acusado dos seguintes crimes:
O ex-desembargador Sebastião Coelho, que hoje defende Filipe Martins, e o advogado Rodrigo Saraiva Marinho, mestre em Direito Constitucional, assinam com Girão o documento. Segundo Coelho, houve “violação do dever funcional” por parte de Gonet.
Os pedidos de impeachment de autoridades, como o procurador-geral e ministros do STF, devem ser apresentados ao Senado, que também aprova as indicações. Agora, para que o processo avance, é necessário o aval do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP).