A Comissão de Ética Pública da Presidência puniu cinco ex-ministros do governo Bolsonaro, enquanto arquivou denúncias contra 17 integrantes da gestão Lula.
As sanções, válidas por três anos, afetam o currículo dos envolvidos. O Planalto afirmou que as decisões seguiram o Código de Conduta da Alta Administração, garantindo “isenção” e respeito ao devido processo legal.
Entre os punidos está Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, que recebeu três sanções, uma delas por ofensas a Paulo Freire, a quem chamou de “energúmeno”. Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, foi censurado por insultar Lula nas redes sociais, chamando-o de “safado e ex-presidiário”.
Por outro lado, a comissão arquivou o caso de Vinícius Marques de Carvalho, ministro da CGU, acusado de conflito de interesses por sua ligação com o escritório VMCA Advogados, que prestou serviços à Odebrecht. A comissão entendeu que não houve irregularidade, mas proibiu Marques de receber lucros do escritório, hoje gerido por sua namorada.
Denúncias contra Fernando Haddad, Rui Costa, Alexandre Silveira e Marina Silva também foram arquivadas. As acusações envolviam suspeitas de conflito de interesses e uso indevido de recursos.
No mesmo período, a comissão arquivou processos contra 11 ministros do governo Bolsonaro. Parte dos casos permanece em sigilo, como as acusações contra o ex-ministro Silvio Almeida, exonerado após denúncias de assédio sexual.
A análise não incluiu figuras de segundo escalão, como Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras, que teve dez processos arquivados.