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Site conta apenas 59.900 pessoas na Av. Paulista

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O ato liderado por Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (6), na avenida Paulista, em São Paulo, reuniu cerca de 59.900 pessoas no momento de pico, segundo cálculo feito pelo site Poder360 com base em imagens aéreas de alta resolução. A manifestação teve como foco a defesa da anistia para os presos e investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

A medição foi feita durante o discurso do ex-presidente, que começou por volta das 15h40 e durou cerca de 26 minutos. As fotos utilizadas na análise foram capturadas entre 16h03 e 16h09. A área foi esquadrinhada no Google Earth, com densidade populacional estimada entre 1 e 5 pessoas por metro quadrado. A metodologia reconhece que o número é uma aproximação, já que há movimentação constante e obstáculos visuais como árvores e marquises.

Apesar das tentativas da velha imprensa de minimizar o evento, o público foi 10 vezes maior do que o da manifestação convocada por Guilherme Boulos (PSOL-SP) uma semana antes, em outro ponto da mesma avenida, que reuniu apenas 5.500 pessoas, conforme o mesmo instituto. Enquanto Boulos protestava contra a anistia aos presos do 8 de Janeiro, Bolsonaro e a multidão defendiam exatamente o contrário — a liberdade dos condenados por decisões judiciais vistas como políticas por aliados do ex-presidente.

O evento de Bolsonaro teve presença maciça de lideranças políticas da direita. Sete governadores marcaram presença:

– Wilson Lima (União-AM)
– Ronaldo Caiado (União-GO)
– Mauro Mendes (União-MT)
– Romeu Zema (Novo-MG)
– Ratinho Júnior (PSD-PR)
– Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP)
– Jorginho Mello (PL-SC)

Quatro deles – Caiado, Zema, Tarcísio e Ratinho – registraram o encontro com uma foto conjunta, acompanhada da legenda: “Unidos pela anistia”. A imagem foi compartilhada em suas redes sociais e reforça a articulação da direita para 2026.

Mesmo inelegível e réu no STF por suposta tentativa de golpe, Bolsonaro ainda atrai multidões e se recusa a apoiar publicamente qualquer nome, embora todos os pré-candidatos da direita sigam orbitando sua influência. A presença dos governadores evidenciou que ninguém pretende romper com o ex-presidente no curto prazo.

Chamou atenção a presença de políticos que já tiveram atritos com Bolsonaro. É o caso de Ronaldo Caiado, chamado de “covarde” pelo ex-presidente em 2024, e do senador Sergio Moro (União-PR), ex-ministro da Justiça que se distanciou do bolsonarismo após rompimento político.

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