A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Polícia Federal a abertura de investigação sobre notícias falsas envolvendo Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central. Segundo a AGU, as publicações, disseminadas na rede social “X”, incluíam desinformações sobre o BC e a política monetária, com impacto negativo na cotação do dólar, que chegou a R$ 6,20 nesta semana.
A ação é conduzida pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), acionada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR).
Na terça-feira (17), um perfil anônimo com cerca de 3.500 seguidores divulgou postagens atribuídas a Galípolo, incluindo supostas declarações sobre uma moeda do Brics e afirmações de que a alta do dólar seria “artificial” e que a meta seria reduzir a cotação para R$ 5 em 2025.
As informações foram desmentidas pelo Banco Central. No momento da publicação, Galípolo estava em Brasília e não havia participado de eventos públicos.
O ofício da PNDD destaca que as fake news afetaram a percepção do mercado e comprometeram a eficácia das políticas cambiais do governo. Porém, Galípolo, refutou nesta quinta-feira (19) a ideia de um “ataque especulativo” coordenado como causa da alta do dólar, que atingiu recordes históricos nos últimos dias.
“Não é correto tratar o mercado como algo monolítico. Há compra, venda, vencedores e perdedores. Esse termo não representa bem o movimento atual”, afirmou durante coletiva em Brasília.