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Acusados do “núcleo 4” negam suposto plano de golpe; julgamento acontece nesta terça

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O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar nesta terça-feira (6) mais sete denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento em um suposto plano de golpe, em 2022.

De acordo com a PGR, o grupo manteve acampamentos no QG do Exército, em Brasília, após a derrota de Jair Bolsonaro (PL), e coordenou operações de desinformação e ataques virtuais a autoridades e instituições. Os denunciados podem responder por tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, formação de organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O julgamento ocorrerá na Primeira Turma do STF, com sessões na terça (manhã e tarde) e na manhã de quarta-feira (7). Veja o que dizem as defesas:

  • Ailton Barros
    Expulso do Exército em 2006, Ailton se apresentou como “01 de Bolsonaro” ao disputar vaga de deputado federal pelo PL.
    A defesa afirma que a denúncia é inepta e pede que o caso vá ao plenário do STF, onde haveria chance maior de divergência. A PGR aponta que ele articulava ações com militares e incitava colegas das Forças Armadas a ataques contra a democracia.
  • Ângelo Martins Denicoli
    Major da reserva, é acusado de espalhar desinformação.
    A defesa diz que a denúncia é vaga e omissa. Questiona: “Qual notícia falsa ele propagou? De que forma? Quando?”.
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
    Fundador do Instituto Voto Legal, visitou o TSE em 2022 com Valdemar Costa Neto.
    A defesa alega que isso comprova respeito à legalidade. Rebate a denúncia como “conjunto de ilações subjetivas” e diz que ele nunca falou em “fraude”.
  • Giancarlo Gomes Rodrigues
    Militar cedido à Abin na gestão de Alexandre Ramagem.
    A PGR diz que ele usou a ferramenta First Mile para disseminar fake news.
    A defesa rebate que ele não utilizou o sistema no período citado e que a acusação não apresenta provas documentais.
  • Guilherme Marques de Almeida
    Tenente-coronel. Em áudio revelado pela PF, sugeriu “sair das quatro linhas” da Constituição.
    A defesa afirma que ele apenas compartilhou transmissões de terceiros e que os protestos não tinham “finalidade criminosa específica”.
  • Marcelo Araújo Bormevet
    Policial federal, chefiou o Centro de Inteligência Nacional da Abin e integrou a equipe de segurança de Bolsonaro em 2018.
    A defesa sustenta que não há qualquer prova de envolvimento com tentativa de golpe nas milhares de páginas da investigação.
  • Reginaldo Vieira de Abreu
    Coronel, atuou como chefe de gabinete do general da reserva Mario Fernandes, na Secretaria-Geral da Presidência.
    A defesa diz que trocas de mensagens sobre o relatório das Forças Armadas foram apenas “desabafos” e não configuram crime.

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