Claudio Dantas
15.5 C
Brasília

Governo Lula oculta 16 milhões e Transparência Brasil cobra respostas no STF

Publicado em:

As ONGs Transparência Brasil, Contas Abertas e Transparência Internacional Brasil pediram ao ministro do STF, Flávio Dino, nesta quarta-feira (21), que o governo Lula volte a liberar o acesso a mais de 16 milhões de documentos sobre obras, repasses e emendas, ocultados desde maio de 2024.

O Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), responsável pela plataforma Transferegov, bloqueou a consulta aos documentos incluídos nos processos de liberação de verbas a estados, municípios e entidades privadas. A pasta, comandada por Esther Dweck, alega que os arquivos contêm dados pessoais e que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impede a divulgação.

Na petição, as ONGs afirmam que a decisão do MGI “contraria as boas práticas de harmonização entre os direitos de proteção a dados pessoais e de acesso à informação”. As entidades pedem a liberação imediata dos arquivos e exigem que o governo informe que tipo de solução tecnológica criou ao longo do último ano para adaptar os documentos à LGPD.

As ONGs também cobram um cronograma para implementação de filtros que ocultem dados pessoais, sem comprometer a transparência sobre o uso do dinheiro público.

A restrição total do acesso aos documentos é, portanto, uma decisão desproporcional: trata-se de uma solução que gera extenso, prolongado e grave prejuízo ao interesse público em nome da proteção de direito individual”, afirmam no pedido.

Só vale para o inimigo

As entidades lembram ainda que o governo petista está descumprindo uma decisão do próprio STF, de abril deste ano, que determinou a divulgação dos relatórios de gestão das chamadas emendas Pix — entre outros tipos de repasses atualmente indisponíveis para consulta. Os documentos ocultos trazem informações sobre a execução dos recursos e os objetivos das ações financiadas com verba federal.

Escreva seu e-mail para receber bastidores e notícias exclusivas

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais recentes

Checagem de fatos