A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta sexta-feira (9) o julgamento da ação penal contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti. Eles são acusados de invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir documentos falsos. O julgamento acontece em plenário virtual e deve ser concluído até 16 de maio, caso não haja pedido de vista ou destaque.
Em maio de 2024, os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino aceitaram a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta Zambelli como mandante da ação criminosa e Delgatti como executor.
Segundo a PGR, os dois invadiram seis sistemas do Judiciário em 13 ocasiões, entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, e inseriram 16 documentos falsos. Entre os arquivos adulterados estavam um falso mandado de prisão e ordens de bloqueio de bens contra o ministro Alexandre de Moraes.
O Ministério Público sustenta que Zambelli ofereceu a Delgatti a contratação formal como prestador de serviços parlamentares em troca da invasão. A deputada teria redigido o conteúdo do mandado falso para que o hacker o inserisse no sistema, como se o próprio Moraes estivesse decretando sua prisão.
Zambelli nega qualquer envolvimento e afirma confiar que sua inocência será comprovada durante o processo. Ambos respondem por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
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