Uma investigação da Polícia Civil de São Paulo relevou um elo entre o Corinthians e o Primeiro Comando da Capital, o PCC. Segundo as apurações, R$ 870 mil, originados do acordo de patrocínio com a casa de apostas VaideBet, teriam sido direcionados a uma empresa supostamente controlada por um membro da cúpula da facção criminosa.
Dirigentes corintianos são investigados por suposta lavagem e desvio de dinheiro. Em 2024, o Corinthians anunciou o maior contrato de patrocínio do futebol brasileiro, firmado com VaideBet por cerca de R$ 370 milhões.
O negócio foi intermediado pela Rede Social Media Design, que recebeu R$ 1,7 milhão de comissão. A quebra de sigilo bancário demonstrou o repasse de R$ 870 mil dessa comissão até a UJ Football Talent.
A UJ foi denunciada ao Ministério Público por Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, o delator do PCC, como sendo empresa controlada por Danilo “Tripa” Lima, integrante da cúpula da facção criminosa. Antônio foi assasinado em novembro, após apresentar a denúncia.
O presidente do Corinthians, Augusto Melo, e outros dirigentes podem responder por lavagem de dinheiro e associação criminosa. A VaideBet, por sua vez, reincidiu o contrato e retirou o patrocínio do clube.
Nas redes sociais, o clube afirmou que, Augusto Melo está auxiliando as investigações e que o Corinthians é vítima da situação. A nota reforça que a instituição “não possui controle sobre o que terceiros fazem com valores recebidos em decorrência de contratos firmados”..