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OAB quer derrubar medida de Zanin que barrou entrada de celulares no STF

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O presidente da OAB, Beto Simonetti, anunciou há pouco que vai pedir a revogação da medida arbitrária de Cristiano Zanin, que barrou a entrada de celulares no plenário da Primeira Turma do STF durante o julgamento do “núcleo 2” da suposta “trama golpista”.

Na manhã de hoje, ao chegarem para acompanhar a sessão, os advogados do caso, os jornalistas que fariam a cobertura do julgamento e os acusados no processo foram informados pelos seguranças do Supremo que os aparelhos deveriam ficar guardados em envelopes lacrados.

Em nota, Simonetti diz que recebeu a medida com “surpresa” e “irresignação” e informou que vai pedir a revogação da proibição a Zanin, presidente da Turma:

“A OAB reconhece a importância da segurança e da ordem nos julgamentos. No entanto, o uso de aparelhos para gravação de áudio e vídeo em sessões públicas é amparado por lei e constitui prerrogativa da advocacia, não podendo ser restringido sem fundamento legal claro e específico. Eventuais excessos devem ser apurados com responsabilização individualizada, sem prejuízo das garantias institucionais”.

De acordo com o STF, a medida foi tomada após o descumprimento da proibição de gravação de imagens dentro do plenário durante o julgamento do “núcleo 1”, realizado no mês passado.

Hoje, a 1ª Turma do Supremo acolheu, por unanimidade, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o “núcleo 2” da suposta “trama golpista”. Esse grupo seria o responsável por tratar do “gerenciamento” das ações da suposta “organização criminosa” do golpe.

Se tornaram réus:

  • Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF);
  • Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais de Bolsonaro;
  • Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal (PF) e ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF);
  • Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro;
  • Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres;
  • E Mário Fernandes, ex-número dois da Secretaria-Geral da Presidência, general da reserva e homem de confiança de Bolsonaro.

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