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Motta compara tarifaço de Trump ao 11 de Setembro e critica retrocesso econômico global

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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), comparou o tarifaço anunciado por Donald Trump ao ataque terrorista de 11 de setembro de 2001, que matou quase 3.000 pessoas em Nova York.

“Nós tivemos 2 marcos recentes na história econômica mundial: um foi o ataque lá das Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001, e, agora, o 2 de abril de 2025. Dois acontecimentos, 2 cenários que geram repercussões e consequências econômicas muito fortes para nós”, disse Motta durante a posse da deputada Carol de Toni (PL-SC) como presidente da Frente Parlamentar do Livre Mercado.

O parlamentar criticou a onda de protecionismo global e alertou para os riscos do abandono do livre comércio. “Com tudo que vem acontecendo no mundo, na minha avaliação, com o retrocesso econômico, com a nova realidade de imposição de tarifas, estamos deixando de lado o livre mercado, o multilateralismo, para retrocedermos e voltarmos para a política do bilateralismo e do protecionismo econômico.”

Trump impôs no início do mês tarifas de 10% sobre produtos brasileiros, como parte de sua política de “reciprocidade”. O republicano quer pressionar países a reduzirem suas barreiras comerciais contra produtos dos EUA e fortalecer a indústria americana. Chamou o 2 de abril de “Dia da Libertação”.

Enquanto o mundo reage, o governo Lula assiste. Sem protagonismo internacional e isolado até mesmo entre vizinhos do Mercosul, a diplomacia petista mais uma vez se ausenta em um cenário crítico.

No Congresso, a resposta foi mais rápida. A Câmara aprovou no mesmo dia um projeto de lei que autoriza o Brasil a aplicar tarifas em resposta a medidas semelhantes de outros países, inclusive em critérios ambientais. O texto também passou no Senado, com apoio da oposição e de aliados do governo. Agora aguarda sanção de Lula — que ainda não se manifestou.

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