Após repercussão negativa, Mion apagou publicação e afirmou que não conhece toda a obra de Lins
Marcos Mion voltou atrás após causar polêmica ao defender a liberdade artística do humorista Léo Lins. Em uma postagem, o apresentador afirmou discordar do estilo de humor praticado por Lins, mas criticou o que chamou de censura. A repercussão, porém, o levou a apagar a publicação.
“Censura nunca é boa, independentemente do contexto”, escreveu Mion em uma nova postagem, já tentando se explicar.
Ele alegou que seu objetivo era criticar o cerceamento da liberdade artística, mesmo quando os conteúdos sejam, em suas palavras, “absurdos”.
Na publicação original, Mion lembrou que Léo Lins começou como redator do programa Legendários, exibido na Record.
“Eu adorava seus textos, suas ideias. Ele escrevia bases muito boas para as minhas análises de programas e novelas”, contou.
Apesar do reconhecimento profissional, o apresentador disse não compactuar com o rumo que Lins tomou em sua trajetória na comédia.
“Ele optou pelo caminho do humor ofensivo, do escárnio, do choque e da absoluta falta de respeito. Eu não gosto e não respeito esse tipo de humor. Mas ele existe.”
Mion também relembrou alguns desentendimentos antigos que teve com o comediante, inclusive sobre piadas envolvendo autismo, tema que, para ele, é delicado, por ser pai de uma criança autista.
“O que ele escreve é m*rda e já falei isso brigando com ele nas redes”, disparou.
Mesmo com críticas contundentes ao conteúdo das piadas de Léo Lins, Mion voltou a reafirmar sua posição contrária à censura.
“Se configuram crime, como escrevi, foi a escolha dele. Mas eu não conheço todos os textos dele. Isso que defendi: que censura nunca é boa”.
O humorista Léo Lins se pronunciou publicamente após a Justiça determinar sua prisão com base em piadas feitas durante um show de stand-up. Condenado a mais de oito anos de cadeia e a pagar multa de quase R$ 2 milhões.
