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Flávio Dino cita Hitler e Mussolini durante julgamento da denúncia contra Bolsonaro

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino citou os ditadores Adolf Hitler e Benito Mussolini durante julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por suposta tentativa de golpe.

“Aqueles que, nos anos 1920 e 1930 do século XX, normalizaram a chegada de Mussolini e Hitler ao poder dizendo ‘este é um processo normal’, certamente se arrependeram quando viram as consequências nos odientos campos de concentração, vitimando o povo judeu e outras tantas minorias na Europa”, afirmou o magistrado ao votar sobre o caso. “Portanto, golpe de Estado é coisa séria”.

“É falsa a ideia de que um golpe de Estado ou uma tentativa de golpe de Estado, porque não resultou em mortes naquele dia, é uma infração penal de menor potencial ofensivo ou suscetível de aplicação até de um princípio de insignificância”, completou Dino.

O ministro também fez referência ao filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, vencedor do Oscar, que aborda o desaparecimento e a morte de Rubens Paiva durante o regime militar (1964-1985):

“O que eles estão mostrando ali? Remarcando o caráter permanente e hediondo do desaparecimento de pessoas. De torturas, de assassinatos que derivam de quê? De um golpe de Estado”.

Por unanimidade, a Primeira Turma da Corte decidiu tornar os acusados réus.

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