27 C
Brasília

China amplia tarifas contra os EUA e acirra guerra comercial com Trump

Publicado em:

A China anunciou nesta quarta-feira (9) que elevará de 34% para 84% as tarifas adicionais sobre produtos dos Estados Unidos a partir de quinta-feira (10). A medida é uma retaliação direta à nova rodada de tarifas impostas por Donald Trump, que já soma 104% sobre itens chineses exportados para os EUA em 2025.

Pequim também ampliou sanções a empresas norte-americanas, atingindo agora 18 companhias, muitas delas do setor de defesa. As restrições somam-se a outras 60 empresas já punidas pela China desde o início do embate comercial com Washington.

“A escalada de tarifas dos EUA sobre a China é um erro em cima de um erro”, reagiu o Ministério das Finanças chinês. “Infringe seriamente os direitos e interesses legítimos da China e prejudica o sistema de comércio multilateral baseado em regras.”

Trump tem endurecido o tom contra Pequim desde que voltou à Casa Branca, acusando o país asiático de se beneficiar injustamente da economia americana. “Estamos apenas fazendo justiça aos Estados Unidos. Chega de ser explorado”, afirmou em discursos recentes, reforçando sua política de tarifas “recíprocas”.

A nova taxação chinesa foi autorizada pelo Conselho de Estado e respaldada por uma bateria de leis internas, como a Lei Tarifária e a Lei de Comércio Exterior. O governo chinês publicou um documento oficial classificando o desequilíbrio comercial entre os dois países como “inevitável”, resultado de “questões estruturais da economia dos EUA”.

“O desequilíbrio comercial em bens entre a China e os EUA é consequência da divisão internacional do trabalho e das vantagens comparativas”, diz o texto, numa tentativa de minimizar o impacto político das novas sanções dentro da China.

Mais recentes

Checagem de fatos