18.5 C
Brasília

Alerta: Augusto Cury suplica ao STF para que revise pena de Débora

Publicado em:

O psiquiatra Augusto Cury, traduzido para mais de 70 países e com 25 milhões de livros vendidos só no Brasil, entrou no debate sobre a condenação de Débora Rodrigues. Em vídeo divulgado em suas redes sociais, ele pede ao Supremo que reveja a pena da cabeleireira, lembra que ela é mãe de duas crianças, que têm sofrido barbaramente com sua prisão, e cita diversas palestras que proferiu gratuitamente para o Judiciário, inclusive o STF.

Eu não sou político, mas, como psiquiatra mais lido no mundo na atualidade, venho suplicar ao STF em favor de uma mãe, Débora Rodrigues, que tem dois filhos. Débora está sendo julgada e pode pegar 14 anos de prisão. E a cada dia que os seus filhos ficam longe da mãe, eles choram e se angustiam”, afirmou.

Cury destacou que a separação forçada da mãe pode gerar traumas irreversíveis nas crianças, que não têm relação alguma com os atos de 8 de janeiro.

Registra-se no córtex cerebral, janelas ou arquivos mentais traumáticos que podem encarcerar o território da emoção. Isso pode produzir sequelas inenarráveis no processo de formação da personalidade”, alertou o psiquiatra.

Ele ainda ressaltou a desproporcionalidade da punição no caso de Débora se comparado com outros crimes.

Ela errou e isso é inquestionável, mas, na minha opinião, uma pessoa que impunha um batom para pichar uma estátua não pode pretender derrubar uma democracia, pois, se fosse assim, todas as ditaduras do mundo cairiam rapidamente”, criticou.

Cury comparou a pena aplicada a Débora Rodrigues com outros crimes e questionou os critérios adotados pelo STF.

É incompreensível que uma pessoa que tem porte ilegal de armas receba até cinco anos de prisão e uma pessoa que impunha um batom possa receber 14 anos de prisão, embora em circunstâncias reprováveis”, disse o psiquiatra, apontando o que considera uma evidente desproporção nas sentenças.

O psiquiatra afirmou que sempre teve respeito pelo Judiciário e que já palestrou para diversas instituições jurídicas, incluindo o próprio STF. No entanto, reforçou seu pedido para que a Corte tenha sensibilidade ao julgar não apenas Débora Rodrigues, mas outros envolvidos nos atos de 8 de janeiro que não têm histórico de violência.

A justiça tem de ser seca, mas também tem de ter coração. A justiça tem de ter um olhar social”, concluiu.

Assista ao vídeo completo:

Mais recentes

Checagem de fatos