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STF: Zanin enfrenta no caso Bolsonaro os mesmos métodos que criticou na Lava Jato

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O ministro Cristiano Zanin, presidente da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), agora terá que julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro enfrentando os mesmos métodos que condenou quando era advogado de Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato.

Zanin criticava a celeridade dos processos que tornaram Lula inelegível antes das eleições de 2018. Agora, no STF, o julgamento de Bolsonaro deve ser acelerado para evitar impacto na eleição presidencial de 2026. A defesa do ex-presidente já manifestou intenção de contestar os prazos e a condução do caso.

Indicado ao STF por Lula, Zanin sempre apontou o tratamento desigual entre defesa e acusação na Lava Jato, alegando que a rapidez dos processos comprometeu a isonomia dos julgamentos. Também questionou o foro da 13ª Vara Federal de Curitiba, comandada por Sergio Moro, argumentando que não era o local adequado para os casos do petista.

Agora, no julgamento de Bolsonaro, a 1ª Turma do STF – formada por Alexandre de Moraes (relator do caso), Flávio Dino, Luiz Fux e Carmen Lúcia, além de Zanin – adota um ritmo acelerado. Kassio Nunes Marques e André Mendonça, indicados por Bolsonaro, não integram essa turma e têm assumido posições mais garantistas em processos relacionados ao 8 de janeiro.

Desde o início das investigações sobre a suposta tentativa de golpe, advogados de Bolsonaro questionam a relatoria de Moraes, alegando falta de imparcialidade, já que uma das teses da acusação envolve um suposto plano contra o ministro.

A defesa do ex-presidente também pediu 83 dias para apresentar resposta, o mesmo tempo que a Procuradoria-Geral da República levou para formular a denúncia contra Bolsonaro e outros 33 acusados. O STF, no entanto, ainda não decidiu sobre a solicitação.

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