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PL pressiona por anistia em ofensiva no aeroporto e na Câmara: “Faltam 64” assinaturas

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O Partido Liberal intensifica nesta terça-feira (8) a mobilização pelo projeto de lei que anistia os condenados pelos atos de 8 de janeiro. A legenda de Jair Bolsonaro prepara uma ofensiva no Aeroporto Internacional de Brasília e nos corredores da Câmara dos Deputados para conquistar as 64 assinaturas restantes ao requerimento de urgência da proposta.

A articulação inclui abordagem direta a parlamentares, com apoiadores do projeto vestidos com camisetas estampando “Anistia Já” e oferecendo um QR Code que leva ao sistema oficial da Câmara para adesão ao requerimento. A ação foi programada para começar às 8h, horário de maior circulação de deputados no terminal.

Na segunda-feira (7), o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), declarou em publicação no X que já conta com 182 assinaturas — número ainda distante das 257 necessárias para protocolar o pedido de urgência. “Vamos chegar lá até quinta-feira, na reunião de líderes”, prometeu.

O partido atua no corpo a corpo, líderes governistas acusam a oposição de tentar “pressionar o Congresso com pautas antidemocráticas”.

A proposta prevê o perdão a manifestantes, caminhoneiros e empresários que participaram de protestos políticos e eleitorais entre 30 de outubro de 2022 e a data de entrada em vigor da futura lei. O relator Rodrigo Valadares (União-SE) ampliou o texto para incluir atos anteriores ou posteriores ao 8 de janeiro, desde que estejam vinculados ao episódio.

Apresentado originalmente por Major Vitor Hugo (PL-GO), o projeto saiu da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no ano passado por decisão do então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e foi encaminhado a uma comissão especial — que até hoje não foi instalada. Agora, o PL tenta levar o texto diretamente ao plenário, sem passar pelos colegiados.

Sem apoio formal de líderes partidários suficientes, o partido aposta na estratégia do “varejo político”, aproximando-se de parlamentares um a um. Sóstenes mencionou o apoio de Gilberto Kassab (PSD) e Ciro Nogueira (PP) ao projeto como indicativo de avanço nas articulações.

A ofensiva pela anistia ganhou força após o ato de 6 de abril na Avenida Paulista, que reuniu Bolsonaro, parlamentares e governadores em apoio aos presos e condenados do 8 de janeiro. “Não vamos abandonar os injustiçados”, disse Sóstenes na ocasião.

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