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O verdadeiro plano é 2026

O plano para eleger o próximo presidente em 2026 está traçado e o indiciamento de Jair Bolsonaro é parte do jogo, assim como a campanha de massacre reputacional. Se o ex-presidente sobreviver ou sair ainda mais forte, como sinaliza a pesquisa de hoje do Poder360, dificilmente será preso, mas também não será reabilitado politicamente. Como maior liderança popular do país, será mais útil aos senhores da política na função de cabo eleitoral de Ratinho Jr, candidato número 1 de Gilberto Kassab para o Planalto.

Viveremos a reprise da reeleição de Ricardo Nunes em São Paulo — com as bênçãos do próprio Alexandre de Moraes.

Isso significa que, para sobreviver, Bolsonaro precisa seguir na mídia e em contato com o eleitorado. Isso será facilitado pela derrocada da política econômica do governo Lula III, vitimado pelo janjismo. Com a inflação batendo recorde, ficará mais evidente o sucesso da gestão de Paulo Guedes. Com recordes de incêndios, mortes de indígenas, crimes e obras paralisadas, haverá uma certa nostalgia sobre a atuação de Tarcísio de Freitas, Rogério Marinho, Onyx Lorenzoni, Damares Alves, Ricardo Salles, entre outros.

Ficará evidente que o Brasil, aos trancos e barrancos, experimentou um inédito processo de liberação das forças produtivas, culturais e sociais — tudo interrompido pela volta de Lula. Ontem, Kassab deu a deixa em entrevista ao Canal Livre, da Band, ao dizer que o petista vive um problema sério na condução do governo e que a falta de renovação dos quadros partidários está fazendo Lula “pagar um preço alto”. O vencedor das eleições municipais de 2024 chegou a provocar, equiparando a derrocada do PT à do PSDB.

Não precisa dizer mais nada.

Sobre a alegada tentativa de golpe de Estado, que hoje estampa as manchetes de todos os sites menos do meu, o processo judicial se encarregará de restringir o caso a uma ala golpista do governo Bolsonaro, formada por uma minoria de aloprados, militares e civis. A Polícia Federal, infelizmente, carregará por muito tempo o peso de ter se deixado usar para a perseguição política, com seus próprios aloprados a protagonizar um dos períodos mais sombrios da sua história. Mas tenho certeza de que outra geração, mais técnica e profissional, saberá conduzir a corporação para um futuro promissor.

Haverá muito a reconstruir.

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Claudio Dantas

Claudio Dantas

Respostas de 7

  1. Boa analise Cláudio. Mas eu me pergunto: e o Alckmin nessa história? Afinal a coligação PT-STF que ganhou as eleições descondenando o condenado, esperando que o bolero PT-PSDB voltasse enfiou ele como VP não foi a toa. Ou será que ele está assistindo a tudo isso comendo pipoca?

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