O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou há pouco que a Corte esteja condenando “velhinhas com a Bíblia na mão” ao julgar os envolvidos no 8 de Janeiro.
Durante julgamento das “preliminares”, onde os magistrados analisam questões técnicas antes de decidir o mérito da denúncia, Moraes rebateu críticas à atuação do STF nos julgamentos do tema.
“Eu aproveito aqui, presidente, para desfazer uma narrativa totalmente inverídica. Até um dos nobres advogados disse uma questão de terraplanismo, de que aqui seria muito semelhante. Se cria uma narrativa assim como a terra seria plana, o Supremo Tribunal Federal estaria condenando, abre aspas, ‘velhinhas com a bíblia na mão’, fecha aspas, que estariam passeando num domingo ensolarado pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Congresso Nacional e pelo Palácio do Panalto”, afirmou o magistrado.
“Nada mais mentiroso do que isso, seja porque ninguém lá estava passeando, e as imagens demonstram isso, seja pelas condenações que eu peço para colocar para facilitar”.
Moraes também apresentou um balanço das condenações do 8 de Janeiro, destacando que, em 497 ações penais julgadas que resultaram em condenação, 240 pessoas foram sentenciadas a penas de 1 ano, 102 a penas de 14 anos, 58 a penas de 16 anos e 6 meses, e 44 a penas superiores ou iguais a 17 anos de prisão.
Entre os condenados, 32% são mulheres e quase 70% (68%) são homens. Até 50 anos, foram registradas 454 condenações (91%); entre 60 e 69 anos, 36 condenações (7%); e entre 70 e 75 anos, 7 condenações (2%).
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