A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), apresentou nesta segunda-feira (5) uma queixa-crime no STF contra o deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES), após ter sido alvo de um ataque verbal durante sessão da Câmara dos Deputados em 29 de abril.
O parlamentar chamou a petista de “prostituta do caramba”. A fala do deputado foi durante a sessão de 29 de abril.
“Na época em que esse ex-presidiário [o presidente Lula] foi preso, eu estava na Polícia Federal, e chovia ataques à PF pelo pessoal do PT. Por exemplo, da senadora Gleisi Hoffmann. Hoje, elogiam a PF porque temos um diretor-geral petista. Na Odebrecht, existia uma planilha de pagamento de propina a políticos. Eu citei aqui o nome ‘Lindinho’ e ‘Amante’, que devia ser uma prostituta do caramba. Teve até deputado que se revoltou. Ou seja, a carapuça serviu. Ele foi mentir na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], se vitimizar, dizendo: ‘Você vai ver, seu bandido’”.
A acusação formal apresentada pelo PT aponta injúria e difamação, além de agravantes de misoginia e violência política de gênero.
A primeira-dama Janja se manifestou nas redes sociais. Na sexta-feira (2), ela publicou uma foto cobrando posicionamento do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), diante das falas.
“Nós, mulheres, contamos com o comprometimento do presidente Hugo Motta para que esse ciclo de misoginia seja freado na Câmara dos Deputados. Precisamos que medidas firmes sejam tomadas para coibir esses atos de violência, visando um ambiente institucional com mais respeito e equidade”, disse Janja.