As despesas da União com diárias, passagens e locomoção somaram R$ 789,1 milhões no primeiro trimestre de 2025, sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A alta real, descontada a inflação, foi de 29,1% em relação ao mesmo período de 2024, quando os gastos foram de R$ 611 milhões, segundo levantamento divulgado pelo Poder360.
É o maior valor desde o início da série histórica, em 2011, segundo dados do Tesouro Nacional divulgados no relatório do resultado primário de março de 2025.
Só com diárias, o governo desembolsou R$ 449,1 milhões — aumento de 26,1% frente ao primeiro trimestre de 2024 e acima do recorde anterior, registrado em 2014, no governo Dilma Rousseff (PT), com R$ 417,5 milhões.
As despesas com passagens e locomoção chegaram a R$ 340 milhões, alta de 33,4% em relação a 2024, também superando o recorde anterior, de R$ 311,3 milhões, também sob Dilma.
De 2023 a 2025, os gastos com viagens somaram R$ 2 bilhões no primeiro trimestre de cada ano. O valor é 52,1% maior que o registrado nos três primeiros meses dos anos de governo Jair Bolsonaro (PL), que totalizaram R$ 1,3 bilhão. Na transição entre os mandatos, de 2022 para 2023, a alta foi de 85,7%.
Parte da elevação se deve ao aumento no número de ministérios — de 23 para 38 — que elevou o volume de deslocamentos e despesas associadas.
O menor gasto da série ocorreu no primeiro trimestre de 2021, com R$ 195,3 milhões, sob Bolsonaro, em razão das restrições impostas pela pandemia. Em 2022, o valor subiu 59,2% no mesmo período, com a retomada gradual das viagens.
Lula passou 7 dias fora do país em março, em visitas ao Japão e Vietnã. Até aquele momento, acumulava 96 dias no exterior desde o início do terceiro mandato. Em abril, viajou ao Vaticano para o funeral do papa Francisco, somando 98 dias ausente. Na terça-feira (6.mai), Lula embarca para Moscou, onde participará das celebrações dos 80 anos do Dia da Vitória. A primeira-dama, Janja Lula da Silva, antecipou a viagem na sexta-feira (2.mai).