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Familiares de presos do 8/1 querem greve de fome para forçar votação da anistia

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Inspirados pelo episódio envolvendo o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), familiares de condenados pelos atos do 8 de Janeiro estão se articulando com parlamentares da oposição para iniciar uma greve de fome dentro do Congresso Nacional. O objetivo é forçar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar com urgência o Projeto de Lei da Anistia, que busca perdoar os manifestantes condenados por tentativa de golpe.

O movimento tem sido chamado entre os envolvidos de “solução Glauber Braga”, em alusão à tática adotada pelo deputado do PSOL. Na última quinta-feira (17), após nove dias de greve de fome, Braga conseguiu arrancar de Motta a promessa de que não levaria ao plenário, por 60 dias, a votação da decisão do Conselho de Ética que pede a cassação de seu mandato, punição motivada por um episódio em que o parlamentar expulsou, com chutes e xingamentos, um militante do MBL de dentro da Câmara.

A ideia de recorrer ao mesmo tipo de pressão foi recebida com surpresa por alguns parlamentares, mas já encontra eco em setores da base bolsonarista no Congresso. Um deputado com quem a reportagem conversou revelou que, embora não tenha tomado uma decisão, reconhece legitimidade na reivindicação.

A princípio, fiquei um pouco surpreso, mas depois admiti: é uma reivindicação dos familiares que faz todo sentido”, disse.

O Projeto de Lei da Anistia, defendido por parte da oposição, segue travado e sem previsão para ser votado. Com a mudança de comando na presidência da Câmara, aliados dos condenados veem uma janela de oportunidade para intensificar a pressão política. A aposta agora é que a greve de fome funcione como novo instrumento de mobilização e visibilidade para a causa.

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