Morando desde março nos EUA, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não tem impedimento para concorrer as eleições de 2026. Na avaliação de especialistas em direito eleitoral, o registro de candidatura também ser feito de forma remota, dispensado qualquer ato formal presencialmente.
No início do ano, o parlamentar pediu licença de 6 meses da Câmara dos Deputados para se exilar em solo americano com a alegação de que estaria sendo perseguido pelo STF e com o objetivo de articular sanções contra os ministros da STF.
Cotado e líder em pesquisas ao Senado, o Eduardo disse que pode até abdicar do cargo para continuar sua atuação lá fora. Por aqui, aliados aliadas tratam como certa sua permanência e apostam em campanha à distância.
Para se candidatar, o deputado federal licenciado precisará apresentar um domicílio eleitoral que, segundo a Justiça Eleitoral, é moradia ou outro lugar em que o eleitor possua algum vínculo específico, que poderá ser familiar, econômico, social ou político.
Para o professor de direito eleitoral da FGV, Fernando Neisser, esse é um conceito amplo e não está vinculado à residência física. Isso significa que o parlamentar poderia manter seu domicílio eleitoral em São Paulo, o que o permitiria candidatar-se como senador.
Apesar da viabilidade legal, a candidatura de Eduardo morando nos EUA poderia ser explorada politicamente por adversários. É provável que surjam ações judiciais questionando a situação, mas as chances de que essas ações prosperem são consideradas mínimas.