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Delcídio do Amaral pede indenização ao governo após absolvição

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O ex-senador Delcídio do Amaral, que foi líder do governo Dilma Rousseff no Senado quando ainda era filiado ao PT, busca uma indenização do governo federal após ser absolvido na Operação Lava Jato. Em 2015, ele foi preso pela Polícia Federal, acusado de tentar obstruir investigações, e teve o mandato cassado pelo Senado. A informação foi divulgada pelo UOL nesta quarta-feira (27).

A prisão foi autorizada pelo então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, e Delcídio passou 80 dias detido. Seu mandato foi cassado por 74 votos a favor, nenhum contrário e apenas uma abstenção. Na época, ele fechou um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal, que impôs uma multa de R$ 1,5 milhão. No entanto, em setembro de 2024, a 2ª Turma do STF suspendeu a cobrança e o absolveu.

Sofri por oito anos e fui inocentado em 15 minutos”, disse Delcídio ao UOL.

Ele afirmou que, se conseguir a indenização, não pretende comprar imóveis, mas sim “compensar com alegria tudo o que passei”.

O ex-petista também declarou não se arrepender das acusações feitas contra Dilma Rousseff e revelou estar escrevendo um livro sobre seu tempo como líder do governo no Senado e sua atuação na CPI dos Correios, que investigou o Mensalão.

Fui abandonado e executado. Me largaram na banguela. A leitura foi: ‘Vai, Delcídio, ficamos nós’. Me jogaram aos leões”, afirmou.

No livro, Delcídio promete detalhar sua tese de que um grupo minoritário dentro do PT teria interesse na Lava Jato para assumir o comando do partido. Ele menciona os ex-ministros José Eduardo Cardozo e Aloizio Mercadante como membros desse grupo, supostamente alinhado ao governo Dilma.

Aos 70 anos, Delcídio tem um longo histórico político, incluindo sua passagem como ministro de Minas e Energia no governo Itamar Franco.

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