A degradação florestal na Amazônia Legal atingiu 33.807 km² no ciclo de desmatamento de 2025, um aumento de 482% em relação ao período anterior, quando a área degradada foi de 5.805 km². O número é o maior já registrado na série histórica do calendário, segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon.
A destruição da floresta ocorre principalmente por queimadas e extração madeireira, que fragilizam a vegetação e abrem caminho para o desmatamento. A área afetada equivale a quase todo o território de Porto Velho (34.091 km²), a maior capital do Brasil em extensão territorial. Em fevereiro, os danos bateram outro recorde: 211 km² de floresta degradada, um salto de 1.407% em relação a 2024.
O Pará lidera a destruição, concentrando 75% da degradação, seguido pelo Maranhão, com 14%. Entre os municípios mais afetados, sete estão no Pará e dois no Maranhão.
A degradação florestal enfraquece a vegetação sem removê-la totalmente. Queimadas e exploração madeireira são os principais fatores. Em alguns casos, a área degradada pode se regenerar naturalmente ou ser restaurada com ações ambientais.
Já o desmatamento remove completamente a cobertura florestal, abrindo espaço para agropecuária, mineração ou expansão urbana. Ao contrário da degradação, a floresta não se recupera sozinha no curto ou médio prazo. Na Amazônia, a degradação costuma ser a etapa inicial do desmatamento, pois áreas fragilizadas tornam-se mais vulneráveis.
O aumento expressivo da degradação sob o governo Lula reforça a preocupação com a falta de fiscalização e políticas eficazes para a preservação da Amazônia. Apesar do discurso ambientalista, os números mostram uma realidade bem diferente na floresta.