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Correios têm prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024, o maior desde 2016

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Os Correios fecharam 2024 com prejuízo de R$ 2,6 bilhões, conforme balanço publicado nesta sexta-feira (9) no Diário Oficial da União. É o primeiro resultado bilionário negativo desde 2016. Em 2023, o rombo foi de R$ 633 milhões.

Dos 10.638 postos de atendimento, apenas 15% registraram superávit. A estatal alegou que, mesmo com 85% das unidades deficitárias, manteve o serviço em todos os 5.567 municípios.

Entre os principais fatores para o resultado negativo estão:

  • Receita em queda: arrecadação caiu R$ 335 milhões, de R$ 19,2 bi (2023) para R$ 18,9 bi (2024), menor valor desde 2020.
  • Alta nos custos: despesas operacionais subiram R$ 716 milhões, alcançando R$ 15,9 bilhões.
  • Gasto com pessoal: cresceu R$ 700 milhões, chegando a R$ 10,3 bilhões, puxado por acordo coletivo e reajuste de benefícios.
  • Despesas administrativas: bateram recorde histórico, atingindo R$ 4,7 bilhões.
  • Resultado financeiro: saldo negativo de R$ 379 milhões.

A empresa também teve uma frustração de receita de R$ 2,2 bilhões com o fim da isenção de impostos para importações até US$ 50. Antes dominante no segmento, os Correios viram sua participação no transporte internacional despencar de 98% para pouco mais de 30%.

A auditoria independente identificou falhas nos controles internos, especialmente nas previsões de perdas judiciais, e emitiu parecer com ressalvas.

Mesmo com o prejuízo, a empresa defendeu sua estratégia de investimentos, destacando que R$ 830 milhões foram aplicados em 2024, parte voltada à transição ecológica, com aquisição de furgões e bicicletas elétricas.

Para compensar as perdas, os Correios lançaram um marketplace próprio e planejam ampliar pontos de entrega em comércios parceiros, com expectativa de 900 novos locais.

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