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O retorno de figuras do Mensalão e do Petrolão às estatais e à política

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Durante o programa ALive, do jornalista Claudio Dantas, nesta segunda-feira (31), a cientista política Carol Sponza comentou as recentes declarações de José Dirceu, ex-ministro de Lula, destacando a força política que o petista ainda mantém no cenário atual, apesar dos escândalos do Mensalão e do Petrolão.

Sponza chamou a atenção para a festa de 70 anos de Dirceu, que, segundo ela, evidenciou o poder que ele ainda exerce e o apoio contínuo que ele e outros membros do Mensalão, como Delúbio Soares, ainda possuem. “A gente tem que parar de achar que esse povo está morto. A festa mostrou o poder que ele ainda tem, que ainda exerce, a quantidade de apoio que ele, Delúbio [Soares] e todo esse pessoal do Mensalão têm”, afirmou a cientista política.

Ela também alertou sobre o retorno de figuras ligadas ao Petrolão às estatais. Segundo Sponza, esses indivíduos, que antes operavam grandes contatos de comunicação, estão ocupando novamente cargos temporários, mas sem o título formal de diretores de comunicação.

“E o que a gente sabe é que todo esse pessoal do Petrolão, os antigos que operavam os grandes contatos de comunicação, estão de volta nas estatais. As estatais que conseguiram manter um mínimo de compliance contratam essas pessoas para cargos temporários, que não têm o nome de diretor de comunicação, mas que exercem a função”, destacou.

Além disso, Sponza criticou a atuação desses grupos nas estatais, ressaltando que eles estão burlando as regras e as leis. “Então a gente sabe que está todo mundo lá burlando as regras, burlando a Lei das Estatais, burlando as regras das companhias”, concluiu a cientista política.

O advogado constitucionalista André Marsiglia, por sua vez, destacou a importância de uma formação política crítica para que os cidadãos não aceitem passivamente situações adversas. “A gente precisa criar uma perspectiva formativa para as pessoas, para que ampliem sua cabeça, para que saiam do óbvio, para que não aceitem qualquer coisa”, ponderou Marsiglia.

Ele também criticou o Parlamento brasileiro, apontando o cenário atual como “muito ruim” e “sofrível”, com parlamentares frequentemente desinformados sobre questões essenciais. “Isso precisa melhorar. E se tivermos pessoas com capacidade de entender isso, eleitores, talvez tenhamos políticos melhores”, concluiu.

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