O anúncio de Carlo Ancelotti como técnico da seleção brasileira não aliviou a pressão sobre Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O Congresso Nacional prepara uma investigação sobre a gestão do dirigente e sua ligação com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
Na segunda-feira (12), a CBF confirmou Ancelotti como treinador, em anúncio discreto. A decisão buscava desviar a atenção de uma audiência no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que apura suposta falsificação de assinatura em um acordo que garantiu a Rodrigues a presidência da entidade.
Uma liminar concedida por Gilmar Mendes em 2023 restabeleceu Rodrigues no cargo após seu afastamento judicial. Parlamentares questionam possível favorecimento na decisão.
“Queremos esclarecer os motivos dessa liminar e a relação entre ambos”, afirma o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que articula uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) com 28 assinaturas. A criação da CPMI exige 171 deputados e 27 senadores.
Outro ponto de investigação é um contrato entre a CBF e o Instituto de Direito Público (IDP), faculdade de propriedade de Mendes. O Congresso planeja convocar Rodrigues para depor e analisar sua gestão.