Jair Bolsonaro se reuniu agora pela manhã com várias lideranças partidárias e integrantes do PL na casa do líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), para analisar a viabilidade da aprovação do PL da Anistia e os preparativos para a manifestação do dia 6 de abril.
O Partido Liberal conta 68% das bancadas aliadas, o que na prática garantiria a tramitação da matéria. Até mesmo parlamentares de partidos que ocupam ministério do governo Lula aderiram ao tema.
Pelos cálculos das lideranças, haveria no momento 309 votos, bem acima dos 257 necessários.
Atualmente, sete partidos compõem a base aliada de Lula na Câmara: União Brasil, PP, Republicanos, MDB, PSD, PDT e PSOL. Essas legendas, apesar de ocuparem espaços na Esplanada, não fazem parte do núcleo duro do governo, formado pela federação do PT, PCdoB e PV, além do PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin. No total, esses partidos somam 272 deputados. Segundo o levantamento do PL, 186 desses parlamentares (68,69%) apoiam a anistia.
Os únicos partidos que apoiam integralmente a proposta são o próprio PL, que tem uma bancada de 92 parlamentares, e o Novo, com quatro deputados. Em contrates, no mapeamento feito até aqui, apenas a federação PT-PCdoB-PV, o PDT, o PSB, a federação PSOL-Rede e o Solidariedade não têm votos computados a favor do projeto.
O Republicanos, partido do presidente da Câmara, Hugo Motta (PB), e do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, lidera a adesão, com 95% de apoio à proposta. O PP, partido do ministro do Esporte, André Fufuca, vem em seguida, com 90% de respaldo. O PSD, que tem três ministros na Esplanada – Carlos Fávaro (Agricultura), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e André de Paula (Pesca) -, registra 80% de adesão ao projeto, mesma taxa do União Brasil, partido de Juscelino Filho (Comunicações), Celso Sabino (Turismo) e Waldez Góes (Integração Regional).
O MDB, sigla dos ministros Renan Filho (Transportes), Simone Tebet (Planejamento) e Jader Filho (Cidades), apresenta 40% de apoio à anistia. Já PDT e PSOL, que também possuem ministérios, são as únicas legendas do bloco aliado que, segundo o levantamento, não aderiram à proposta.
O PL pressiona para que a Câmara vote a anistia, que pode beneficiar aliados políticos e até mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob uma suposta acusação de tentativa de golpe.