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Bolsas derretem com retaliação da China; Veja números

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As bolsas globais enfrentaram uma forte onda de queda nesta sexta-feira (4), após a resposta da China às tarifas impostas por Donald Trump. Em uma estratégia de retaliação direta — o clássico “olho por olho” — Pequim anunciou tarifa de 34% sobre produtos americanos, válida a partir de 10 de abril.

A Bolsa de Tóquio despencou 2,75%, puxada por gigantes do setor automotivo como a Toyota, que caiu mais de 4%. Seul e Sydney recuaram 0,86% e 2,44%, respectivamente. Os mercados chineses estavam fechados por feriado.

Na Europa, o cenário também foi de forte sangria. As bolsas da Alemanha e da Itália tombaram mais de 5%, com Milão liderando as perdas ao atingir queda de até 7%. O Stoxx Europe 600, principal índice do continente, derreteu 4,6%, apagando os ganhos acumulados no ano.

As commodities não escaparam do movimento de aversão ao risco. O petróleo Brent caiu 5,24%, e o WTI recuou 6,62%. Já o ouro, considerado ativo de proteção em tempos de crise, subiu e foi negociado a US$ 3.101 por onça, perto do recorde histórico.

Nos Estados Unidos, os contratos futuros indicavam mais um dia de perdas severas. O S&P 500 caiu 3% no pré-mercado, com gigantes como Tesla e Intel desvalorizando cerca de 5%. O Nasdaq 100 recuava 2,9% e o Dow Jones, 2,5%.

A guerra comercial também provocou fuga dos investidores para ativos considerados mais seguros. Os rendimentos dos Treasuries de 10 anos caíram para 3,89%, menor nível desde antes das eleições norte-americanas. O dólar teve leve recuperação. Bitcoin e Ether oscilaram pouco: alta de 0,4% e queda de 0,7%, respectivamente.

Enquanto no cenário nacional, o governo Lula tem se mostrado “inoperante frente ao cenário externo”. O problema é a incapacidade do petrista de lidar com choques externos, o que só agrava o risco para o investidor brasileiro, isso acaba reforçando críticas à condução econômica de Fernando Haddad e à falta de sinalizações claras de estabilidade por parte do Palácio do Planalto.

Confira os números:

Ásia (fechamento):
– Japão: -2,75%
– Hong Kong: -1,52%
– Coreia do Sul: -0,86%

Europa (por volta das 8h):
– Alemanha: -4,76%
– França: -4,11%
– Reino Unido: -3,65%
– Itália: -6,85%
– Espanha: -5,80%

EUA (pré-mercado):
– S&P 500: -3%
– Nasdaq 100: -2,9%
– Dow Jones: -2,5%

O mercado segue atento aos próximos passos de Trump e Xi Jinping. Mas, por ora, a palavra do dia é instabilidade.

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