Menos de dez dias depois de negar a prisão domiciliar a Jaime Junkes, de 69 anos, Alexandre de Moraes mudou de ideia e decidiu acolher pedido da defesa. Junkes foi condenado a 14 anos de prisão por participação nos atos do 8 de janeiro.
Segundo sua defesa, ele enfrenta um câncer de próstata e problemas cardíacos. No último dia 21, Moraes analisou pedido da defesa e negou a prisão domiciliar, permitindo apenas saídas pontuais para o tratamento. Ontem, porém, o ministro reavaliou a decisão.
A decisão sai após a mudança de postura sobre o caso de Débora Rodrigues, na sexta.
“Além do seu diagnóstico de câncer, reiteradamente comprovado nos autos, teria sofrido recentemente infarto agudo no miocárdio, o que configura importante situação superveniente a autorizar a excepcional concessão de prisão domiciliar humanitária”, escreveu Moraes.
O infarto ocorreu justamente quando a Polícia Federal apareceu na casa do idoso para prendê-lo, no ano passado. Moraes também impôs medidas cautelares, como as de Débora Rodrigues: uso de tornozeleira eletrônica, proibição de visitas e contatos com outros envolvidos e redes sociais.