A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria há pouco para rejeitar o recurso da defesa e manter Léo Índio como réu pelo 8 de Janeiro. Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino acompanharam o relator Alexandre de Moraes. Luiz Fux tem até esta sexta (28) para votar.
A defesa de Leonardo Rodrigues de Jesus argumentou que o Supremo não tem competência para julgar o caso por falta de foro privilegiado, mas a alegação foi novamente rejeitada.
Denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o primo dos três filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou imagens suas durante o 8 de Janeiro. Para a Procuradoria, isso prova a participação dele na invasão e depredação dos edifícios do Três Poderes.
Léo Índio é acusado de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
A denúncia da PGR foi aceita por unanimidade em fevereiro, tornando-o réu. Agora, com a rejeição do recurso, o STF seguirá com a ação penal.
Em entrevista à rádio Massa FM, do Paraná, na quarta-feira (26), Léo Índio afirmou que foi para a Argentina há mais de 20 dias para escapar da “perseguição política”. Ele está com uma permissão que precisa ser renovada a cada 3 meses e teme ser preso quando for renovar o documento.
Além disso, ele declarou que, se o projeto da anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro fosse uma prioridade, os deputados do PL e de outros partidos de direita paralisariam as votações no Congresso.