O deputado federal Zucco (PL-RS) afirmou há pouco que a elaboração de um parecer pela AGU sobre o papel de Janja no governo confirma as preocupações levantadas pela oposição sobre a participação da primeira-dama em compromissos oficiais.
De acordo com o líder da oposição na Câmara, desde o início do ano, se questiona a legalidade e a transparência das atividades da petista, especialmente no que se refere aos gastos públicos e sua atuação como representante do governo.
“Em fevereiro, lançamos o chamado ‘Pacote Anti-Janja’, uma série de requerimentos direcionados a diversos ministérios solicitando esclarecimentos sobre suas funções, despesas em viagens ao exterior e a legalidade de sua atuação como representante do presidente”, destacou o parlamentar em nota.
Para Zucco, a decisão da AGU apenas agora demonstra a “falta de clareza e regulamentação prévia” sobre o papel da primeira-dama.“É fundamental que haja transparência e respeito aos princípios republicanos, garantindo que nenhum agente público ou pessoa ligada ao governo atue sem a devida prestação de contas à sociedade”, afirmou.
O deputado reforçou que a oposição seguirá acompanhando de perto as atividades de Janja e de outros integrantes do governo. “Continuaremos vigilantes e atuantes na fiscalização das atividades da primeira-dama e de qualquer outro membro do governo, assegurando que a administração pública seja conduzida com responsabilidade e em conformidade com a legislação vigente”, concluiu Zucco.
O parecer foi revelado pelo jornal “O Globo”. O documento estaria sendo elaborado por determinação do Planalto em meio a críticas da oposição à crescente participação da primeira-dama no governo.
Um dos pontos questionados é o custo das viagens de Janja e sua equipe, incluindo um caso revelado pelo Estadão, no qual o governo desembolsou R$ 203,6 mil para a estadia da comitiva da primeira-dama em Paris. Apesar de não ocupar um cargo oficial no governo federal, Janja representou o Brasil em eventos como as Olimpíadas de Paris e a Cúpula do G20.
Outro episódio envolve a visita de Janja a Roma, em fevereiro, que contou com a presença de quatro assessores e gerou despesas de pelo menos R$ 24 mil.
Na última semana, após uma série de críticas nas redes sociais, a petista restringiu sua conta no Instagram, limitando o acesso às publicações apenas para seguidores.