O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou a PEC da Segurança Pública, cuja nova versão será apresentada nesta quarta-feira (15) pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Para Zema, as mudanças terão impacto limitado na redução da criminalidade e devem priorizar medidas práticas.
“Precisamos dar segurança e conforto para as forças de segurança”, afirmou Zema em entrevista. Ele defendeu que a PEC aborde questões básicas, como punições mais rígidas, antes de implementar sistemas integrados. “É muito bom ter sistema integrado, mas o bandido continua solto.”
Zema sugeriu ações mais incisivas, incluindo prisão de reincidentes, isso é, manter detidos criminosos que repetidamente cometem o mesmo delito. “Temos pessoas que roubam celulares vinte vezes, passam uma noite na cadeia e voltam às ruas”, afirmou.
E complementou com a sugestão de prisão imediata de quem violar o monitoramento eletrônico, sem necessidade de autorização judicial.
Zema defendeu que a PEC tome como modelo os estados do Sul e Sudeste, que possuem os menores índices de criminalidade.
O discurso de Zema reflete o descontentamento com políticas de segurança pública do governo Lula, que têm sido criticadas por não enfrentarem, de forma eficaz, os desafios do combate ao crime.