O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, por meio da Comissão da Anistia, reconheceu Vladimir Herzog como anistiado político post mortem. A decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU), garante à viúva do jornalista, Clarice Herzog, uma pensão vitalícia de R$ 34.577,89.
Herzog foi torturado e morto em 1975, durante o regime militar, por agentes do Estado. A indenização foi confirmada pela 2ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF), que, em 31 de janeiro, determinou, em caráter de urgência, o pagamento da pensão a Clarice.
O tribunal reconheceu que o jornalista foi vítima de perseguição política e que sua família tem direito à reparação financeira correspondente ao valor que ele receberia, caso estivesse vivo.
O juiz também considerou o estado de saúde de Clarice, de 83 anos, que sofre de Alzheimer em estágio avançado.
Em abril de 2024, a Comissão de Anistia já havia concedido a anistia política e pedido desculpas, em nome do Estado brasileiro, pela perseguição sofrida pela família Herzog.