O procurador-geral chamou de “vazia” a queixa de “document dump”, acusando a PGR de incluir um grande volume de documentos sem valor apenas para confundir os advogados.
As contestações, além de Bolsonaro, foram apresentadas pelos advogados de ex-ministros como Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira, e também de militares como Marcelo Câmara e ex-assessores como Filipe Martins. A resposta é direcionada a todos os envolvidos.
“A denúncia descreve de forma pormenorizada os fatos delituosos e suas circunstâncias, explanando de forma compreensível e individualizada a conduta criminosa em tese adotada por cada um dos denunciados”, diz o parecer.
Gonet também justificou o julgamento no STF, afirmando que os denunciados “praticaram os crimes quando ainda se encontravam no exercício de seus cargos, e em razão deles, justamente com o intuito de se alongarem no poder”.
Ainda segundo ele, a análise na Primeira Turma do STF deve ser mantida, pois “a percepção subjetiva dos denunciados sobre a relevância da imputação não é motivo suficiente para a superação da norma regimental, que possui força de lei, sob pena de insegurança jurídica e violação ao princípio da isonomia”.
No parecer, Gonet também alegou que não cabe a figura de um juiz de garantias no caso.