A Interpol aceitou o pedido do ministro Alexandre de Moraes para incluir o nome da deputada Carla Zambelli (PL-SP) na lista de alerta internacional para foragidos, segundo veículos como Folha de S. Paulo, O Globo e CNN. A aceitação contradiz decisões anteriores da organização, que já se recusou a atender pedidos semelhantes envolvendo nomes como como Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio.
A solicitação foi enviada após Moraes decretar a prisão preventiva de Zambelli. A deputada deixou o Brasil após o STF condená-la a dez anos de prisão.
Mais cedo, o jornalista Paulo Figueiredo afirmou em rede social que a parlamentar “já está bem e em segurança na Itália“.
A inclusão de nomes na lista da Interpol não é automática. Um conselho interno da organização, sediada em Lyon (França), analisa os pedidos. A Constituição da Interpol permite que o órgão rejeite solicitações com base em critérios políticos.
No caso de Allan dos Santos, a Interpol pediu mais informações. Recusou a inclusão por falta de clareza na acusação de lavagem de dinheiro. A Interpol negou o pedido após acusarem Oswaldo Eustáquio de incitar os atos de 12 de dezembro de 2022. A Espanha também negou a extradição dele, alegando falta de elementos jurídicos e reciprocidade.
Segundo ofício da Polícia Federal, a Interpol também exclui automaticamente nomes de indivíduos com pedidos de asilo ou refúgio reconhecidos.
Moraes justificou a prisão como reação à fuga e à intenção declarada da deputada de “continuar atacando as instituições brasileiras”.
A Polícia Federal encaminhou os dados do caso à Interpol na quarta-feira (4). O atual secretário-geral da organização é o brasileiro Valdecy Urquiza, delegado da PF.