A camiseta reserva da seleção brasileira deve abandonar o tradicional azul e migrar para o vermelho em 2026, ano de eleição. A camiseta deve vir com o brasão da CBF acompanhado do logo Jumpman da Jordan Brand, marca associada ao ex-jogador de basquete Michael Jordan.
A informação foi publicada nesta segunda-feira (28) pelo site especializado Footy Headlines e confirmada pela ESPN. De acordo com o site, a Jordan Brand será responsável pela fabricação do novo uniforme reserva da Seleção.
A mudança quebra totalmente tradição da seleção brasileira: desde a Copa de 1954, o Brasil utiliza a combinação verde e amarela como uniforme principal e o azul como uniforme alternativo. Para 2026, o uniforme principal seguirá amarelo, ainda com a Nike, enquanto o segundo modelo será vermelho. Ainda não foram divulgadas imagens oficiais do novo uniforme, mas os rumores apontam para um vermelho vibrante e moderno, segundo a Footy Headlines.
De acordo com o inciso 3 do artigo 13 do estatuto da CBF, a entidade permite a criação de uniformes com cores diferentes das oficiais, desde que a diretoria aprove os modelos.
“Os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF e conterão o emblema descrito no inciso II deste artigo, podendo variar de acordo com exigências do clima, em modelos aprovados pela Diretoria”, diz o texto.
Apesar mudança na camisa reserva, a tradicional camisa amarela, símbolo máximo da Seleção, permanecerá como uniforme titular, mantendo o emblema da Nike. Contudo, a camisa 2 deve vir com a cor vermelha e abandonará o azul.
A possível mudança na camisa da Seleção já começou a gerar reações no meio político. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou duramente a alteração nas cores, em publicação na rede social X.
“Quero acreditar que isso não é verdade! A camisa da Seleção sempre foi um símbolo da nossa identidade nacional, do nosso orgulho e das nossas raízes. Sempre foi verde e amarela, as cores da nossa pátria. Mudar isso não faz qualquer sentido. É uma afronta a tudo o que sempre representou o orgulho do nosso povo!”, escreveu o senador.
Flávio ainda afirmou que a troca do verde e amarelo pelo vermelho “não há identificação, não há história, não há justificativa” e classificou a mudança como “mais uma investida para desfigurar aquilo que nos faz brasileiros de verdade. Nossa bandeira não é vermelha, e nunca será!”, concluiu.
Já o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também se manifestou, levantando suspeitas sobre influência política na Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
“Identidade pra que, né? Dá uma rápida pesquisada em qual juiz está com influência na CBF. Sim, um juiz… Depois me conta…”, publicou nos stories do Instagram.
Ele ainda insinuou que a mudança poderia ser usada para ressignificar o uso da camisa da Seleção por movimentos de esquerda.
“A esquerda parou de usar a camisa por conta da associação com o Bolsonaro, e agora é lançada uma vermelha. Será que farão uma mídia em cima pra ‘agora sim’ usar nas suas manifestações?”, questionou.
Confira abaixo a íntegra do Estatuto da CBF: