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São muitas Déboras…

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A oposição fincou a bandeira da Anistia e prometeu obstruir os trabalhos na Câmara até que seu presidente, Hugo Motta, paute o tema. Até que Hugo Motta entenda que há, sim, censura, exilados e presos políticos no Brasil, como Jorge Luiz dos Santos, condenado a 16 anos e seis meses.

Jorge tem hemorroida interna nível 4 e precisa de cirurgia, além de hipertensão arterial grave com sopro nível 6. Mas Alexandre de Moraes nega sua liberdade, tomando o pastor por um criminoso homônimo.

A oposição fará obstrução até que o presidente da Câmara entenda que há, sim, presos políticos no Brasil, como José Ricardo Fernandes Pereira, único provedor dos três filhos menores e da mãe doente. Todos depressivos.

Como Sérgio Amaral Resende, que tem pancreatite com necrose,  além de hérnia umbilical e anemia profunda. Internado por três meses, superou uma infeção hospitalar e voltou para a Papuda. Seus dois filhos menores de idade não podem vê-lo.

Como Débora Chaves Spina Caiado, mãe de um menino de 8 anos que tem TDAH e sofre de CID09; como Jamildo Bomfim de Jesus, de 62 anos, que possui hipertensão crônica; como Joanita de Almeida, que tem epilepsia, depressão e bipolaridade, e aguarda decisão da Justiça em hospital judiciário.

Como José Cézar Duarte Carlos, que tem transtorno afetivo bipolar com surto psicótico e esquizofrenia, e está preso no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, sem médico há 4 meses.

A oposição permanecerá em obstrução até que Hugo Motta entenda que há, sim, exilados, como Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, preso recentemente na Argentina, sem tratamento para uma lesão no joelho com rompimento do menisco e do ligamento LCA. Ramalho é pai de dois meninos de 11 e 12 anos, que sofrem de uma doença chamada “ossos de vidro”. Um deles também tem autismo.

Como Josilaine Cristina Santana, mãe de um menino de 7 anos, que enfrenta quadro clínico de depressão; como Ana Paula de Souza, presa na Argentina, que tem tireoidite de hashimoto e depressão.

Como Fabrícia Lucia da Silva Rodrigues, que sofre de artrite e hipotiroidismo, e tem uma filha de 10 anos; como Thiago de Assis Mathar, preso na Papuda, longe de seus filhos, uma menina de 6 anos, que desenvolveu vitiligo por ansiedade, e um menino de 8, que apresenta TDAH e dislexia.

Como Lukas Matheus de Souza Felipe, epilético, preso em Uberaba sem ter sido julgado. Tem um filho de 10 anos; assim como André Luiz Vilela, único provedor da família e cuja mulher vive um agravamento de uma doença autoimune.

Como o marceneiro Moisés dos Anjos, de 63 anos; Leonardo Costa Brasileiro, de 29 anos, que tem duas filhas, de apenas 3 e 4 anos, e que já sofreu agressões na cadeia. Como Jairo de Oliveira Costa, hipertenso, e pai de um adolescente autista; como o pastor Davi Michel Mendes Maurício, pai de duas crianças, de 7 e 11 anos; como o Major Claudio Mendes dos Santos, que foi preso mesmo sem estar em Brasília no dia 8 de janeiro e segue na Papuda há dois anos sem julgamento.

Como Adalgiza Maria Dourado, de 65 anos, condenada a 14 e que sofre de “depressão profunda, pensamentos suicidas e arritmia cardíaca não tratada”.

Como Eliene Amorim de Jesus, 28 anos, mulher negra, pobre, que trabalha como doméstica, babá e manicure; detida em março de 2023 e esquecida numa cela do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luiz (MA), sem julgamento. Eliene estudava psicologia e queria escrever um livro sobre o comportamento das pessoas no QG do Exército. Hoje, é parte da mesma história.

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