Claudio Dantas
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PSOL, ONU e a entrega da soberania

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O Comitê de Direito das Crianças da ONU quer que o Brasil adote medidas para acabar com as escolas cívico-militares. A recomendação acata proposta dos psolistas Luciene Cavalcante, Celso Giannazi e Carlos Giannazi, que enviaram uma ‘denúncia’ ao órgão consultivo após a aprovação da lei que instituiu o programa.

A primeira pergunta que vem à mente é por que diabos a ONU acha que tem de emitir opinião sobre a política educacional de um Estado soberano? A segunda é será que algum dos integrantes desse comitê sabe o que é uma escola cívico-militar ou caiu na conversa fiada da turma do PSOL?

Outras questões também podem ser formuladas imediatamente: Esse é o mesmo PSOL que reivindica a defesa da soberania quando empresas americanas decidem descumprir ordens ilegais de Alexandre de Moraes ou quando recorrem ao governo Trump e ao Judiciário dos EUA em busca de sanções e indenizações?

Quem ainda não entendeu que ONU e PSOL integram hoje a mesma estrutura de poder que usa a engenharia social para domínio cultural e ideológico? Para que servem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)? A quem interessa insistir em pautas sobre identidade de gênero, aborto, minorias, drogas, sistema carcerário e ‘defesa da democracia’?

Dias atrás, escrevi sobre como o Supremo aderiu integralmente à Agenda 2030, tornando-se o único Judiciário do mundo a classificar as ações que chegam à Corte segundo os ODS, priorizando-as em detrimento de questões mais profundas e estruturantes. ONGs e partidos, como o PSOL, entram com ações que rapidamente são analisadas pelo STF!

Isso se repete em outras instâncias do Judiciário.

Ontem, um artigo do Diovane Franco, especializado em direito ambiental, mostrou como o Judiciário brasileiro se tornou peça central dessa engrenagem que subordina o desenvolvimento econômico a uma agenda preservacionista. Só em 2024, foram 138 mil ações ambientais julgadas, um aumento de 51% em relação há 2020.

O conceito de ‘justiça climática’ se soma aos de ‘justiça social’, ‘justiça de gênero’, ‘justiça racial’ e tantos outros que integram a mesma cartilha woke. A segmentação afasta a ideia de uma justiça comum a todos, antepõe minorias, semeia divisão e movimenta farta produção acadêmica, midiática e de eventos — tudo isso rende uma fortuna!

Essa grana compra a militância e fortalece o lobby político, direcionando a construção de políticas, moldando o debate público e consolidando um ideal hegemônico de viés totalitário. O resultado será um ambiente estéril, sem expressão criativa, jornalismo independente, empreendedorismo disruptivo e oposição política.

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