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Pressão popular e no Congresso pode acelerar PL da Anistia

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Em entrevista ao programa ALive, do jornalista Claudio Dantas, nesta quarta-feira (02), o deputado federal Danilo Forte (União-CE) afirmou que há uma tendência de aprovação do PL da Anistia aos presos pelos atos de 8 de Janeiro.

“Acho que é um tema que a gente precisa discutir, precisa votar. No meu entendimento, na minha sensibilidade, há uma tendência maior pela votação e aprovação do projeto do PL da Anistia”, afirmou o parlamentar.

Para ele, a severidade das penas aplicadas aos envolvidos gerou desconforto no Congresso: “Até porque a dosimetria das penas foi muito aviltada, então isso criou uma situação de certo constrangimento por parte do Parlamento com relação a pessoas que não tiveram tanta significância no protesto político e, por isso, tiveram penas tão grandes”.

Forte também comparou os atos de 8 de Janeiro com mobilizações históricas das quais participou e argumentou que grandes manifestações podem levar a exageros individuais. “Eu já liderei manifestações, lutei pela democracia, fui para a rua, no movimento estudantil, pelas Diretas Já, pela anistia, e me lembro muito bem que, quando a massa se reúne ali, quando as pessoas, em um coletivo muito forte, às vezes exageram do ponto de vista de alguns comportamentos”, relatou.

De acordo com o deputado federal, a emoção nesses eventos pode levar indivíduos a ações impulsivas sem que necessariamente tenham uma participação ativa ou intencional nos acontecimentos. “Muitas vezes você vê pessoas que não tinham um engajamento maior, não tinham uma responsabilidade maior, mas que foram levadas a algumas situações”, ponderou.

Apesar da defesa da anistia, o parlamentar ressaltou que aqueles que cometeram crimes graves devem ser responsabilizados. “É lógico que quem depredou patrimônio público, quem agiu de forma irresponsável, tem que ter algum tipo de punição. Tem que haver uma dosimetria mais racional com relação a isso”, disse.

Como exemplo da desproporção das penas, ele citou o caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos: “Não pode uma pessoa que passou um batom em uma estátua ter uma pena maior do que um homicídio ou um latrocínio. Isso não existe”.

Forte acredita que a mobilização da sociedade e a pressão dentro do Congresso acelerarão o debate e a votação do projeto. “Então, eu acho que isso precisa ser melhor apurado, esses termos precisam ser debatidos e, acredito eu, que a mobilização e a pressão da sociedade, assim como a própria pressão que está acontecendo dentro do Parlamento hoje, vão dar celeridade a esse julgamento”, concluiu.

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