Durante o programa ALive desta quarta-feira (23), a advogada e cientista política Carol Sponza comentou sobre o “pacote de reeleição” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), revelado mais cedo pelo jornalista Claudio Dantas.
Segundo Dantas, o petista planeja, devido à sua alta desaprovação, não apenas oferecer gratuidade na conta de luz para cerca de 60 milhões de pessoas, mas também aumentar o valor do Bolsa Família para R$ 820 e garantir a possibilidade de que os beneficiários recebam o valor completo mesmo estando com carteira assinada.
Sponza questionou a sustentabilidade fiscal dessas medidas de Lula, alertando que “não se pode simplesmente gastar dinheiro público sem dizer de onde vem a fonte”. Ela destacou o risco do Brasil enfrentar um colapso fiscal em menos de 2 anos, “a ponto de não conseguir pagar as coisas que são obrigatórias de acordo com a nossa Constituição, que são as chamadas ‘verbas carimbadas’”.
A cientista política também ressaltou que existem gastos mínimos a serem respeitados pelo governo, especialmente nas áreas de saúde e educação. “De onde vem dinheiro para tanta coisa?”, questionou a advogada sobre o “pacote eleitoral” do petista.
Além disso, Sponza chamou atenção para o fim da margem do orçamento discricionário a partir de 2026. Recentemente, o governo Lula admitiu que pode faltar verba no Orçamento para cumprir os pisos constitucionais de saúde e educação já em 2027.
A advogada fez ainda um alerta sobre o esgotamento dos recursos discricionários, lembrando que “no final de 2026, termina toda a margem do orçamento discricionário, que inclui o Bolsa Família e todas as outras medidas”.
“Acho que isso extrapola qualquer limite do que eu estou conseguindo expressar aqui. Ou o Congresso Nacional como um todo, o Centrão, freia isso, ou, de fato, a gente quebra o país”, concluiu.
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