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Operação da PF apura desvio de verba em prefeitura administrada pelo pai de Hugo Motta

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A Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram nesta manhã a 2ª fase da Operação Outside, que apura fraudes, superfaturamento e desvio de recursos federais em obras de infraestrutura em Patos (PB).

Foram cumpridos 4 mandados de busca e apreensão no município governado por Nabor Wanderley (Republicanos), pai do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos). A investigação tramita na 14.ª Vara Federal de Patos.

Os recursos sob suspeita, repassados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional via Caixa Econômica Federal, somam cerca de R$ 4,8 milhões, com contrapartida municipal de R$ 285.882,50, totalizando pouco mais de R$ 5 milhões.

O contrato foi firmado em 31 de dezembro de 2020, antes da gestão de Wanderley, mas teve a execução durante seu mandato.

Os recursos apurados são oriundos de emenda parlamentar enviada pelo próprio Hugo Motta. O parlamentar não é investigado no caso.

A operação apura irregularidades na licitação e na execução das obras de restauração das Alças Sudeste e Sudoeste, vias que seguem em obras. Entre os indícios levantados pelo MPF estão restrições no edital para limitar a concorrência, conluio entre participantes, pagamento irregular em contrato administrativo, peculato, crimes tributários e lavagem de dinheiro.

Também foram identificados sinais de superfaturamento em aditivos contratuais e vínculos entre a empresa vencedora e agentes públicos do município.

Na 1ª fase da operação, foram cumpridos 2 mandados de busca e apreensão em imóveis de um empresário e de uma construtora. A PF não divulgou os nomes dos investigados nem os endereços dos alvos desta nova etapa.

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