O Ministério Público de São Paulo (MPSP) arquivou a investigação contra Jair Bolsonaro (PL) sobre a suposta importunação a uma baleia jubarte durante um passeio de jet ski em São Sebastião (SP). O órgão concluiu que a aproximação do ex-presidente ao animal não foi intencional e que seguir com a ação penal seria ineficaz.
A decisão ressalta que a curta distância entre Bolsonaro e a baleia poderia ter representado um risco à segurança dos envolvidos, mas que não houve intenção de causar dano ou incômodo ao animal.
“Não se pode deixar de considerar que uma aproximação tão pequena poderia colocar em risco a própria vida dos envolvidos”, destacou o parecer.
A investigação foi motivada por vídeos que circulavam nas redes sociais, mostrando o ex-presidente em um jet ski a menos de 15 metros da jubarte. Nas redes, Bolsonaro ironizou o caso, publicando uma montagem de uma baleia no tribunal com os dizeres “baleia presta depoimento contra Bolsonaro”.
O advogado do ex-presidente, Paulo Bueno, celebrou o arquivamento e criticou a apuração.
“Evidenciou-se o absurdo daquela investigação e a mobilização da máquina estatal para um episódio sem qualquer repercussão jurídica”, afirmou.
A Polícia Federal, que já havia concluído o inquérito no ano passado, também não encontrou indícios de crime. O delegado responsável pelo caso, Breno Adami Zandonadi, reconheceu que a conduta dos envolvidos foi “inadequada”, mas destacou que não houve elementos suficientes para um indiciamento.