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Motta defende livre mercado e critica protecionismo: “Essa não é a pauta do Brasil”

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira (8) que o Brasil deve adotar “cautela e firmeza nos posicionamentos” diante do novo cenário global provocado pelas tarifas comerciais dos Estados Unidos. Segundo ele, “a pauta do Brasil é poder exercer o livre mercado”.

A declaração foi feita durante a inauguração da Casa da Liberdade, sede da Frente Parlamentar do Livre Mercado, agora sob comando da deputada Carol de Toni (PL-SC). Para Motta, políticas protecionistas são um retrocesso. “De tudo o que vem acontecendo no mundo — na minha avaliação, com retrocesso econômico, com a nova realidade de imposição de tarifas — estamos deixando de lado o multilateralismo para retrocedermos e voltarmos à política do bilateralismo e protecionismo econômico. Essa não é a pauta do Brasil”, afirmou.

A fala ocorre na esteira da nova ofensiva comercial de Donald Trump, que impôs tarifas de 10% a produtos brasileiros e elevou as taxas sobre mercadorias chinesas para até 104%. Pequim respondeu com tarifas recíprocas. A escalada já pressiona mercados globais e derruba bolsas.

“O Brasil tem desafios econômicos muito grandes para este ano de 2025 e a frente vem justamente para ajudar nesse enfrentamento. Claro que o Congresso presta um papel fundamental nesse posicionamento que o Brasil tem que ter diante de todas as incertezas que enfrentamos. Incertezas internas e externas”, disse Motta.

A crítica vem no momento em que o governo Lula demonstra falta de clareza estratégica nas relações comerciais. Em vez de reagir com firmeza às barreiras impostas contra o agronegócio nacional, o Palácio do Planalto segue priorizando alinhamentos ideológicos com regimes que pouco importam soja, carne ou minério do Brasil.

Como resposta ao tarifaço, a Câmara aprovou o projeto de lei da reciprocidade econômica. A proposta estabelece critérios para reagir a barreiras comerciais contra produtos brasileiros. “Esse projeto posiciona o Brasil numa condição de agir e reagir, se necessário, a tudo que venha prejudicar nossa economia e nossas exportações”, concluiu Hugo Motta.

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