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Líderes da União Europeia anunciam apoio ao plano de €800 bilhões para rearmamento do bloco

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Os líderes dos 27 países da União Europeia (UE) aprovaram o plano da Comissão Europeia para reforçar a defesa do bloco, enfatizando “a necessidade de aumentar substancialmente as despesas com a defesa”, conforme aponta o texto da declaração conjunta dos membros da UE, divulgado na tarde desta quinta-feira (06).

Nesta semana, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou o plano “Rearmar a Europa“, que tem como objetivo mobilizar cerca de 800 mil milhões de euros, dos quais 150 mil milhões em empréstimos, para fortalecer as capacidades de defesa do continente.

Duas semanas após o 3º aniversário do início da guerra russo-ucraniana e em meio às tensões entre o governo Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, os chefes de Governo e de Estado da União Europeia decidiram adotar as primeiras medidas para aprimorar a capacidade da Europa nas áreas de defesa e segurança.

“O Conselho Europeu salienta que a Europa deve tornar-se mais soberana, mais responsável pela sua própria defesa e melhor equipada para agir e lidar autonomamente com desafios e ameaças imediatos e futuros”, diz o comunicado divulgado nesta tarde.

“A União Europeia acelerará a mobilização dos instrumentos e do financiamento necessários para reforçar a segurança da União Europeia e a proteção dos nossos cidadãos. Ao fazê-lo, a União reforçará a sua prontidão global em matéria de defesa, reduzirá as suas dependências estratégicas, colmatará as suas lacunas críticas em termos de capacidades e reforçará a base tecnológica e industrial europeia de defesa em toda a União, de modo a estar em condições de fornecer melhor o equipamento nas quantidades e ao ritmo acelerado necessários”.

Na nota, os 27 líderes europeus“congratularam-se” com as propostas apresentadas, mas pediram à Comissão Europeia “que proponha fontes de financiamento adicionais para a defesa a nível da União, nomeadamente através de possibilidades e incentivos adicionais oferecidos aos Estados-Membros na utilização das suas atuais dotações ao abrigo dos programas de financiamento relevantes da UE, e que apresente rapidamente as propostas pertinentes”.

A Comissão Europeia também anunciou a intenção de disponibilizar cerca de 150 mil milhões de euros aos Estados-membros, na forma de empréstimos, para o financiamento conjunto de investimentos em defesa. Esses recursos deverão ser aplicados em áreas de maior necessidade, como defesa antiaérea, mísseis, drones e sistemas antidrones, ou ainda sistemas de artilharia, com a condição de que os investimentos sejam realizados em colaboração entre pelo menos dois Estados-membros.

De acordo com Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, com estes equipamentos, “os Estados-membros poderão aumentar substancialmente a sua ajuda à Ucrânia”.

Entre 2021 e 2024, devido à guerra na Ucrânia, a despesa total dos Estados-membros da UE com a defesa aumentou mais de 30%, alcançando um montante estimado de 326 mil milhões de euros, o equivalente a cerca de 1,9% do PIB da União Europeia.

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