Ex-chefe do Gabinete de Segurança foi tornado réu por envolvimento em suposto plano golpista
O general Augusto Heleno optou por não responder às perguntas formuladas pelo ministro Alexandre de Moraes durante depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (10). A oitiva faz parte do processo em que Heleno figura como réu ao lado de outras sete pessoas, acusadas de integrar o núcleo central de um fantasioso plano de golpe de Estado.
Ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Jair Bolsonaro, Heleno é alvo de denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que o acusa de ter colaborado na articulação de ações que visavam descredibilizar o sistema eleitoral brasileiro. A defesa sustenta que o general não cometeu qualquer ilegalidade e que o material apreendido não caracteriza crime.
Moraes reagiu mal ao silêncio do general e passou a fazer as perguntas no processo, uma medida que gerou tensão. A Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019), no inciso I do parágrafo único do artigo 15, considera crime prosseguir com interrogatório de quem exerce o direito ao silêncio.