A greve geral convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT) contra as reformas do presidente argentino Javier Milei causou o cancelamento de voos no Brasil nesta quinta-feira (10). A paralisação, com duração de 24 horas, atingiu transporte público, bancos, escolas e serviços essenciais na Argentina.
A Intercargo, responsável por operar rampas nos aeroportos do país, também aderiu à greve, o que afetou diretamente o tráfego aéreo. Companhias brasileiras como Latam e GOL confirmaram alterações e cancelamentos de voos com destino às principais cidades argentinas.
A Latam informou, em nota, que reprogramou voos para sexta-feira (11) e ofereceu aos passageiros opções de remarcação sem custo ou reembolso total. “Informamos que alguns voos podem não ser cancelados, mas sim operados com alguma alteração no horário e/ou data de voo. Por isso, pedimos aos passageiros que confiram periodicamente o status do seu voo diretamente no site latam.com”, disse a empresa.
Já a GOL cancelou 28 voos nas rotas para Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Rosário. A companhia organizou 10 voos extras para os dias 11 e 12 de abril e também oferece reembolso integral. “Os clientes estão sendo comunicados via e-mail e SMS e podem remarcar seus voos sem custo para outras datas”, informou.
A Azul, que ainda não opera rotas para a Argentina, deve iniciar voos para Mendoza e Bariloche apenas em junho.
Greve paralisa Aerolíneas Argentinas e deixa prejuízo milionário
Segundo a imprensa argentina, a Aerolíneas Argentinas cancelou 258 voos programados para esta quinta-feira (10.abr), afetando cerca de 20 mil passageiros e acumulando prejuízo estimado em US$ 3 milhões. A paralisação incluiu 216 voos domésticos, 25 rotas regionais e 17 internacionais de longo alcance. Outros 14 voos foram reprogramados.
Apesar do caos nos aeroportos, mais de 80% dos passageiros já foram realocados.