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Governadores de direita defendem Bolsonaro após STF torná-lo réu

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Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Jorginho Mello (PL-SC) saíram em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e torná-lo réu por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.

Nas redes sociais, Tarcísio afirmou que Bolsonaro é “a principal liderança política do Brasil” e que enfrentará o processo “com coragem”. “Sabemos que esse não é o primeiro e não será o último desafio, mas também sabemos que a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada”, escreveu no X (ex-Twitter).

Tarcísio desponta como favorito da direita para 2026, já que Bolsonaro está inelegível. Apesar disso, evita confirmar qualquer intenção de disputar a presidência.

Jorginho Mello também defendeu o ex-presidente e reforçou sua posição como principal nome da oposição. “Não tenho medo de me posicionar ao lado dele, como sempre fiz. Bolsonaro merece estar nas urnas em 2026. Deixa o povo decidir!”, afirmou.

Cláudio Castro (PL-RJ) elogiou Bolsonaro, dizendo que sua trajetória pública “sempre foi marcada pelo compromisso com o povo brasileiro”. Defendeu “serenidade e respeito aos princípios constitucionais”.

Ratinho Júnior (PSD-PR) questionou o julgamento na 1ª Turma do STF: “Por se tratar de um ex-presidente, não poderia ser feito por uma Turma, mas pelo plenário”.

Romeu Zema (Novo-MG) não comentou a decisão, em meio à repercussão da morte do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD).

Por unanimidade (5 votos a 0), a 1ª Turma do STF aceitou a denúncia contra Bolsonaro e sete aliados. Eles agora respondem a uma ação penal que pode levá-los a até 43 anos de prisão. A PGR aponta o ex-presidente como líder do grupo que tentou impedir a posse de Lula.

As penas previstas para os crimes são:
• Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: 4 a 8 anos
• Golpe de Estado: 4 a 12 anos
• Organização criminosa armada: 3 a 17 anos
• Dano qualificado contra patrimônio da União: 6 meses a 3 anos
• Deterioração de patrimônio tombado: 1 a 3 anos

Este julgamento trata do primeiro dos quatro núcleos denunciados pela PGR. O grupo inclui, segundo a acusação, os principais articuladores da suposta tentativa de golpe.

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