Claudio Dantas
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EUA impõem restrições à circulação de Alexandre Padilha em Nova York

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Acordo de 1947 prevê livre trânsito de autoridades em missão junto às Nações Unidas

Apesar de ter concedido visto ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para participar da Assembleia-Geral da ONU, o governo de Donald Trump decidiu determinar limitações inéditas à sua circulação em Nova York.

Segundo integrantes da administração americana, Padilha e os familiares que o acompanharem só poderão circular em um raio de cinco blocos a partir do hotel onde estiverem hospedados. Além disso, terão acesso restrito às rotas entre o hotel, a sede das Nações Unidas, a missão do Brasil junto à organização e a residência oficial do representante brasileiro. O Itamaraty deve ser notificado oficialmente da decisão ainda hoje.

A medida foi tomada um mês após Trump revogar vistos de Padilha, de sua esposa e da filha do casal, em retaliação à atuação do ministro no programa Mais Médicos, no governo Dilma Rousseff. Na ocasião, Padilha não foi afetado de imediato porque seu visto ainda era válido, mas ficou impedido de solicitar nova permissão.

O governo Lula formalizou em 19 de agosto o pedido de visto para que o ministro pudesse representar o país em compromissos internacionais. Além da Assembleia da ONU, onde participará de uma reunião sobre doenças crônicas no dia 23, Padilha também está inscrito para a reunião da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em Washington, no próximo dia 29.

A decisão sobre entrada e permanência de estrangeiros nos EUA é prerrogativa do governo americano. No entanto, o acordo internacional de 1947 que rege a relação entre Washington e a ONU prevê livre trânsito de autoridades em missão junto à entidade, sem possibilidade de restrição de deslocamento dentro do distrito da organização.

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