Os entregadores por aplicativos programaram uma greve para hoje e amanhã, exigindo uma taxa mínima de R$ 10 por entrega e aumento do valor por quilômetro rodado. O movimento, conhecido como “Breque dos APPs”, tem mobilizado trabalhadores em redes sociais e conta com apoio do Movimento VAT-SP e da Minha Sampa.
“Um dos principais desafios é o reconhecimento das empresas desses trabalhadores como parte do quadro efetivo de funcionários e não como colaboradores. Embora não seja uma vinculação tradicional, existe uma relação de subordinação e controle por meio dos algoritmos”, afirma o presidente do SindimotoSP.
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Entre as demandas, os entregadores pedem um pagamento mínimo de R$ 10 por entrega, R$ 2,50 por quilômetro rodado, limite de 3 km para entregas de bicicleta e o fim do agrupamento de corridas sem compensação financeira. Também reivindicam melhores condições de trabalho e o fim da exploração imposta pelos aplicativos.
O Movimento VAT-SP organizou um ato para o dia 1º de maio na Avenida Paulista, focado no fim da escala 6×1 e na luta por condições de trabalho mais dignas. Para 2 de maio, está prevista uma nova paralisação geral, apelidada de “feriadão”, para pressionar por mudanças efetivas.
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A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa empresas como 99, iFood e Uber, afirmou respeitar o direito de manifestação e manter canais de diálogo com os entregadores. A entidade citou um estudo do Cebrap indicando um aumento de 5% na renda média dos entregadores entre 2023 e 2024, alcançando R$ 31,33 por hora trabalhada.
“A Amobitec defende a regulamentação do trabalho por aplicativos, visando a proteção social dos trabalhadores e a segurança jurídica das atividades. A paralisação dos entregadores pode causar atrasos e transtornos nos serviços de entrega em São Paulo”, disse a associação em nota.
A adesão à greve é incerta, já que se trata de um trabalho autônomo. O iFood informou em nota à imprensa que, até o momento, não houve impacto significativo em suas operações.